Se não for possível separar os murais de acordo com as turmas, coloque uma caixa por sala, com seus próprios murais. Embora os pais tenham que se envolver, muitas vezes no início da vida, com a higienização dessas áreas, mostre como isso deve ser feito e saliente que isso nunca deve causar desconforto ou machucar. Caso a criança não esteja à vontade com a situação, ela deve pedir para parar. Dos dois aos três anos, a criança está aprendendo a controlar suas necessidades fisiológicas, como fezes e urina.
Assine gratuitamente a nossa newsletter e receba todas as novidades sobre os projetos e ações do Instituto Claro. Sobre as atividades possíveis a partir da série, Santos sugere desenvolver com os alunos debates, júris simulados e dinâmicas envolvendo perguntas e respostas. Estudos feitos nos Estados Unidos indicam que os alunos que participaram dessas classes atrasam sua primeira experiência sexual e têm maior probabilidade de usarem camisinha ou outro método anticoncepcional.
E é aí que nós, professores, entramos em ação, abrindo uma comunicação sem tabus e sem preconceito com nossos jovens. “Assuntos tratados como tabu são naturalizados, tornando a sala de aula um espaço dinâmico para troca de conhecimentos. Caso de virgindade, homossexualidade, identidade de gênero, masturbação, traumas de infância e aceitação”, exemplifica. Para a educadora também é necessário deixar claro que projetos de educação sexual não estimulam a sexualidade precoce, como muitos acreditam. Segundo os parlamentares, a importância Xvideos de ensinar esses temas aos jovens foi evidenciada recentemente, quando veio à tona um caso de estupro sistemático de adolescentes por um grupo de homens adultos.
Ou seja, ele envolve discutir causas e consequências de nossas ações pessoais, traçar planos e objetivos, e caminhos para atingi-los. É nessa perspectiva que a Reprolatina atua desde 1999, em diversos países da América Latina, formando educadores, profissionais da Saúde e adolescentes em educação integral para a sexualidade. Você também pode perceber quando a criança interage com outras pessoas sobre esses assuntos ou partes do corpo, monitorando como ela se refere às partes íntimas. Ela está relacionada a uma conversa ampla sobre o corpo, ao entendimento de que uma pessoa estranha não pode te tocar sem permissão.
Tire Dúvidas
A educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao sexo, livre de preconceito e tabus. Apesar de problemas fisiológicos, quando uma adolescente engravida, ela passa também por problemas psicológicos, pois a mudança de vida rápida exige grande adaptação e isso pode gerar conflitos, pois uma grande etapa de sua vida foi pulada. A relação entre educação sexual e estímulo à atividade sexual em crianças propagada pelas peças de desinformação vai contra evidências verificadas em pesquisas.
Geralmente, os caminhos escolhidos são os da pornografia e/ou da orientação de colegas que já tiveram suas primeiras experiências — e que podem se aproveitar do desconhecimento do “amigo”. Dessa forma, ela é uma espécie de educação socioemocional muito importante no contexto escolar e na formação de jovens saudáveis, confiantes e preparados para a realidade. Para podermos falar sobre esse tema com clareza, é preciso entender o que é a educação sexual, despidos das barreiras do preconceito, do falso moralismo e da polêmica.
Entenda o que é abuso sexual
Os repasses de recursos do programa aos municípios está vinculado ao desenvolvimento de todas essas ações nas escolas contempladas. Questionado pela BBC Brasil sobre o ensino de educação sexual nas escolas, o Ministério da Educação afirmou que apoia e incentiva “projetos nas áreas de educação em direitos humanos, prevenção e enfrentamento ao preconceito, à discriminação e à violência no ambiente escolar”. É importante que todas essas atividades de educação sexual feitas pela escola sejam comunicadas previamente para as famílias dos alunos. No caso do “semáforo do toque”, por exemplo, “os pais ficaram tranquilos quando viram que nada daquilo despertaria para o sexo, e sim ajudaria na prevenção”, diz a professora Fernanda.
A escola deve ser entendida como instituição social inserida na práxis social como um todo e seu papel deve ser de formação de homens e mulheres omnilaterais, capazes de apropriação plena da condição humana e inserção emancipadora no mundo do trabalho, da cultura e das vivências sexuais realizadoras. Implica reconhecer a pertinência do espaço institucional escolar e os limites e condições da abordagem da sexualidade como tema curricular na escola (Nunes; Silva, 2000, p. 17). Quando especialistas defendem que a educação sexual previne abusos, estão se referindo à importância da criança entender quais são os limites de qualquer pessoa sobre seu corpo e, com isso, aprender a dizer não. Caroline explica que, como o abusador costuma ser conhecido, ele se aproxima da criança de uma forma sutil e exerce toques que parecem atenção e afeto. “O senso comum acredita que educação sexual se resume a falar sobre camisinha e sexo.
O professor e a educação sexual
“Pra mim foi muito importante quebrar a vergonha em falar sobre o assunto para conseguir me empoderar. Quero ensinar minha filha que o verdadeiro valor de uma mulher está em ela ser dona de si”, explicou. É claro que não é possível generalizar e dizer se os docentes estão ou não capacitados para falar de educação sexual. Mas é essencial, segundo os psicólogos ouvidos pelo g1, que os cursos de pedagogia e de licenciatura contemplem esses conteúdos e que todos os profissionais tenham acesso a um programa de formação continuada. Dessa forma, vão se atualizar a respeito do tema e entender a abordagem correta para cada faixa etária. No Instituto Criança é Vida, que promove atividades de educação sexual no contraturno escolar para crianças em vulnerabilidade, os alunos de 7 a 9 anos aprendem o que é menstruação.
Todos os professores devem trabalhar juntos para que o tema seja abordado de forma agradável e respeitosa. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a sexualidade é parte integrante da personalidade de cada um e influencia pensamentos, sentimentos, ações, interações e a saúde física e mental. Diante disso, a sexualidade é um assunto que passou a ser incorporado no currículo como tema transversal. Caso da subordinação das mulheres em ambientes machistas e violentos, gravidez precoce, sexualização precoce, vulnerabilidade a assédios e abusos sexuais, dificuldade das vítimas denunciarem seus abusadores, etc.”, lista. Especialistas britânicos, no entanto, criticaram a proposta do governo, pelo fato de o programa não ser obrigatório nas escolas.
O Ministério da Educação britânico quer colocar em prática dois objetivos diferentes para o programa. “É importante que eles entendam que há o toque de carinho, de quem a gente ama, e o toque ruim, que é desconfortável, que dá medo e que faz com que tenham vergonha de contar para outras pessoas”, diz a professora. “Misturar os educandos é importante, porque todos precisam aprender a se colocar no lugar do outro”, afirma a psicóloga Ana Cláudia Bortolozzi, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Por isso, é muito importante que você esteja aberto a ouvir e faça perguntas que permitam que a criança expresse o que houve, sem julgamentos e sem pressões. Segundo a ONU, uma menina entre 13 e 15 anos é infectada com o vírus HIV, causador da Aids, a cada 3 minutos no mundo.
O país entende a sexualidade como algo completamente natural e saudável, e aplicação de programas de educação sexual é compulsória em todo o país. O tema é tratado desde os quatro anos de idade, porém com abordagens diferenciadas de acordo com a faixa etária. O programa de educação sexual do país foca em construção de respeito pelo corpo e sexualidade próprios e dos outros, e inclui lições sobre consenso, DSTs e prazer. A taxa do país de gravidez na adolescência no país está entre as mais baixas do mundo.
Aos adolescentes resulta em uma prática sexual mais responsável com menos danos como a gravidez precoce, ISTs, HIV/AIDS e o estupro. “Os país precisam conquistar a confiança de seus filhos”, ressalta Carina. Alguns, no entanto, ainda se posicionam contra esse tipo de educação, caso do presidente Jair Bolsonaro. Em 2018, o então candidato à Presidência da República chegou a dizer que educação sexual deveria ser feita apenas pelo “papai e mamãe” e defendeu que este tema não deveria ser debatido nas escolas. “Eu vim de uma família católica tradicional, cresci com pais amorosos e preocupados. Sempre foram presentes e extremamente cuidadosos, mas não se falava de sexo em casa, e uma criança de oito anos não sabe exatamente o que está acontecendo, muito menos como se proteger sem informação.